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Entre o Heavy Metal e a Música Erudita: Encontrando a sintonia ideal do Corpo e da Mente
Tenho tantos textos guardados — reflexões, estudos, pensamentos que poderiam render inúmeros conteúdos. Mas hoje quero compartilhar com vocês o que está acontecendo exatamente agora, no momento em que escrevo, e as conclusões que cheguei sobre o equilíbrio perfeito. O assunto é justamente esse: o segredo do equilíbrio. Vamos falar sobre estar presente, sobre viver o agora, contemplar, pertencer e, finalmente, encontrar aquela harmonia que tanto buscamos.
Em vários momentos difíceis da minha vida, eu parava e me escutava. E como eu fazia isso? Através da escrita. Simplesmente sentava em frente ao computador e deixava fluir tudo o que estava se passando na minha mente. Era minha maneira de externalizar pensamentos e conflitos internos.
Sempre busquei ser minha melhor amiga, mas confesso que nem sempre consegui. Havia dias em que eu me martirizava, repetindo para mim mesma que estava fracassando, que não estava me dedicando o suficiente, me culpando pela falta de resultados, por comer demais, por malhar de menos. Nossa mente, não é mesmo? Às vezes, ela é uma sinfonia linda, como as obras de Bach ou Mozart. Mas, na maior parte do tempo, parece aquelas músicas de heavy metal — sabe? Tem gente que ama (meu pai Eduardo e meu namorado Mateus, por exemplo), mas, para mim, é apenas gritaria. Sinceramente, minha mente ou está no modo heavy metal, cheia de euforia e barulho, ou então vira uma daquelas canções dramáticas e melancólicas.
Por isso, aprendi a parar e escutar qual “música” ela estava tocando. Em que ritmo minha mente estava? Então, eu tentava sintonizá-la na frequência que desejava. Sem julgamentos, sem me cobrar se estava no ritmo do rock pesado ou da ópera. Eu só queria ouvir as músicas que me faziam bem, entende?
Sintonizando os pensamentos
Confesso que não é fácil parar e sintonizar os pensamentos. E foi assim que a meditação entrou na minha vida. Aos 28 anos, descobri essa arte milenar, que já existe há mais de 5 mil anos. Ela me ajudou a encarar minhas sombras de frente (imagine uma luta contra as sombras, como aquelas cenas de filme). Entendi que não somos apenas bons ou apenas ruins. Somos ambos: luz e sombra, yin e yang. Tudo no mundo é dual: saúde e doença, bem e mal, noite e dia, claro e escuro. O desafio é trabalhar para que as sombras não prevaleçam e consigamos permanecer na luz. É difícil? Muito! Mas vamos tentando, dia após dia, ano após ano. O importante é ter vontade de evoluir, sem ficar se julgando o tempo todo. Precisamos ser nosso melhor amigo, não nosso pior crítico.
Sei que você deve estar pensando: “Meditar? Sério? Mais uma dessas modinhas que ninguém tem tempo ou paciência para praticar”. Calma, eu também pensava assim! Até perceber os benefícios que a meditação trouxe para minha vida e saúde. Deixe-me explicar melhor.
A pior — e melhor — fase da minha vida.
Em 2020, no início da pandemia, minha vida era um caos total. Acho que todos temos uma história marcante dessa época, não é? Eu estava prestes a sair de um casamento que era pura perturbação. Demorei para encontrar a palavra certa, mas era isso: perturbação. Lembrando que na vida não há culpados nem vítimas, apenas o que aceitamos. E o que eu queria naquela fase era simplesmente viver em paz. No meio de tantos conflitos, fui em busca de respostas. E sabe onde as encontrei? Dentro de mim mesma. Claro, com a ajuda de psicólogos, estudos sobre a mente humana e um mergulho em várias religiões. Meu templo sagrado tornou-se a natureza, e meu corpo, a ferramenta mais preciosa para realizar meu propósito.
Depois de muita reflexão, estudo e busca, tchã rãm! Encontrei o lugar onde está escondido o “segredo” do equilíbrio. Neste exato momento, até me emociono, porque estou compartilhando isso com vocês e me reconectando com a pior — e melhor — fase da minha vida.
Já contei por que foi a pior fase, agora vou dizer por que também foi a melhor: foi o desconforto quase insustentável que me obrigou a sair do modo de luta e fuga e me levou direto para a paz que tanto desejava. Foi a fase em que eu estava motivada para treinar, meditava todos os dias, praticava yoga esporadicamente, me alimentava de forma saudável e ainda mantinha minha saúde financeira em dia. E agora me pergunto: como deixei tudo isso escapar?
De volta ao modo automático
Agora estamos em 2025, se passaram cinco anos, e sabe por quanto tempo consegui manter essa plenitude? Apenas um ano e alguns meses. A vida e a rotina me levaram de volta ao modo automático. Estresse, cobrança, rotina maçante… Resultado? Comecei a fugir. Recorria a bebidas nos finais de semana, saía para tentar me distrair e, sem perceber, fui perdendo minha saúde financeira, física e mental. Estava indo para o fundo do poço e nem me dei conta. Sabe por quê? Porque estava no piloto automático. Já não meditava, não praticava yoga, nem tinha mais aquelas conversas internas.
Cada um tem sua fuga, não é? Uns recorrem à bebida, outros à comida. A comida vira o “quentinho”, o “conforto”, mas é justamente essa fuga que nos leva, pouco a pouco, para o fundo do poço. E, se você já se sente lá, aceite a mão amiga de quem já esteve. Ninguém merece permanecer no abismo.
Conclusão
A conclusão que chego junto com vocês é: quer viver a melhor fase da sua vida? Saia do modo automático. Escute sua voz interior, seja seu melhor amigo, queira o melhor para você. Encare suas sombras de frente, sem fugir. Só assim você terá saúde em todas as áreas da sua vida.
Assim como tive inúmeras pessoas que me ajudaram e tantas outras que continuam sendo meus anjos de luz, quero te ajudar a também encontrar o que tanto busca.
Com carinho, Letícia Bastos, sua nutri guia. ❤
Excelente reflexão. Encontrar o caminho parece ser mais fácil quando temos ajuda profissional.